Blog Instituto Singularidades
  • Blog Instituto Singularidades
  • Início
  • Quem Somos
  • PARA ENSINAR
  • PARA APRENDER
  • COMO GERIR
  • Contato
Blog Instituto Singularidades
  • Início
  • Quem Somos
  • PARA ENSINAR
  • PARA APRENDER
  • COMO GERIR
  • Contato
Atividade sobre o Slam com a profesosra Márcia e seus alunos. Foto: Acervo Singularidades

A poesia invade as ruas com uma nova cara: o Slam

  • Posted byInstituto Singularidades
  • 20 de setembro de 2018
  • in Posted in Destaques / PARA ENSINAR
  • 0

O Slam surgiu nos Estados Unidos na década de 80 como uma manifestação cultural, com a ideia de fazer a poesia “descer as ruas”, na lata, na pressa da dinâmica das cidades. A palavra de origem inglesa quer dizer “batida”, mas foi na França que o movimento cultural e social ganhou força e uma cara essencialmente poética, a partir da década de 90. No Brasil, os Slams ainda são pouco conhecidos, talvez por falta de divulgação e/ou incentivo.

E o que isso tem a ver com educação? Continue a leitura para descobrir

Como uma guerra poética, os participantes de um Slam declamam, leem, movimentam o corpo, improvisam e disputam com outros slammers por meio do texto, como num repente moderno. É comum ouvir gritos como “Pow. Pow. Pow”, “Creedooo”, “Esse é o SlamPeão”!

Na cidade de São Paulo, o Slam da Guilhermina já é bem popular, mas quando começou, há alguns anos, tinha um público pequeno e um número de “batalhas”, ou disputas entre os poetas, bem reduzido.

 

O Slam da Guilhermina

O Slam da Guilhermina não é o único da cidade de São Paulo e nem o primeiro, mas já existe desde de 2012. Os criadores são Emerson e Cristina Assunção, Rodrigo Motta e Uilian Chapéu. Os organizadores têm atividade paralelas diversas, desde a docência até o trabalho como fotógrafo e outras atividades “comuns”, isto é, não diretamente ligada à arte e à literatura.

O evento acontece ao ar livre (faça chuva ou faça sol!), ao lado de uma estação de metrô (estação Guilhermina-Esperança, daí o seu nome), na periferia da cidade. Local, espaço, horário, estética não foram escolhidas à toa, pois levar poesia e arte a um espaço periférico e da maneira como é realizado foi e tem sido, segundo seus organizadores, um ato de resistência.

São esses mesmos organizadores, aliás, que pensaram em tudo: o horário (para fazer as pessoas saírem da mesmice na semana e ter um momento de lazer), o local (um lugar que tem poucos eventos culturais) e o formato (pensado de modo a que todos participem, de trabalhadores a caminho de casa a moradores do bairro).

Assim, todos (até mesmo moradores de rua!) podem pegar o microfone e lançar ao púbico suas palavras, pois como afirmam os organizadores do evento, a poesia é de todo mundo.

Os temas são um caso à parte: geralmente são inquietações nascidas da realidade dos excluídos, com ataques ao contexto político, demandas sociais, desabafos de toda ordem, quase sempre de uma perspectiva crítica, prezando pela liberdade e rejeitando qualquer tipo de opressão.

Retomando a questão do começo do texto: e o que isso tem a ver com educação? Infelizmente, com a escola, quase nada. Com formação de leitores, produção de texto (oral e escrita) e práticas de letramento, absolutamente tudo.

Os Slams têm mostrado para o grande público, especialmente da periferia, que todos temos direito à palavra e à fruição estética; todos podemos ter voz e não só as vozes reconhecidas pela academia podem e devem ser ouvidas. Eles também nos ensinam que uma praça pode ser um espaço de aprendizagem, e que a literatura não tem dono: assim como a língua, ela é um direito de todos.

Cientes disso, o grupo do Slam da Guilhermina já tem conseguido chegar às escolas públicas paulistanas: em sua 3ª edição, o Slam Interescolar engaja pré-adolescentes e adolescentes a pegarem nos microfones e apresentarem suas produções, num evento que hoje já envolve 40 escolas, promovendo a leitura, a escrita literária, a formação crítica dos alunos, sem nos esquecermos de que se trata de uma das práticas mais atuantes (e atuais!) de educação não formal.

 

Slam na formação de educadores

Por isso, seja como futuros educadores, seja como cidadãos críticos em geral, é importante conhecer essa “nova” realidade de nossa cultura popular e urbana, inserindo-a no cotidiano escolar de alunos e professores.

A educação é um processo coletivo, democrático e real, que deve deslocar-se do que é imposto no livro didático e na rigidez do espaço formal da sala de aula para todos os espaços possíveis em que, de alguma maneira, todos ensinam e aprendem algo. E, principalmente, sem grilhões e amarras!

Afinal, como diz um trecho do “grito de guerra” do Slam da Resistência, um dos mais ativos e críticos da cidade de São Paulo, “sem massagem na mensagem!”.

 

Márcia Moreira Pereira possui graduação em Letras: Português-Inglês, pós-graduação lato-sensu em Tradução: Inglês-Português e é mestra em Educação pela Universidade Nove de Julho (Uninove). É doutora em Letras na Universidade Presbiteriana Mackenzie (Uni-Mackenzie) e professora do curso de licenciatura em Letras do Instituto Singularidades. 

cultura urbana ensino de letras slam

Post navigation

Post Anterior

As múltiplas linguagens na formação de professores

Próximo Post

Formação de professores: como conseguir mais engajamento e menos evasão

Posts Populares

  1. A poesia invade as ruas com uma nova cara: o Slam

    • Posted byInstituto Singularidades
    • 20 de setembro de 2018
  2. Como a escola prepara os líderes do futuro

    • Posted byInstituto Singularidades
    • 8 de janeiro de 2019
  3. Resenhas de literatura infantil: uma nova série do Blog Singularidades

    • Posted byInstituto Singularidades
    • 16 de abril de 2019
  4. O vídeo como ferramenta educativa

    • Posted byInstituto Singularidades
    • 1 de agosto de 2019


Siga nossas Redes Sociais

twitterfacebookinstagramlinkedin

Posts Relacionados

Posted inDestaquesPARA APRENDER

Inspirações na educação: conheça Célestin Freinet

  • Postedby Instituto Singularidades
  • 6 de dezembro de 2019
  • 0
Posted inDestaquesPARA APRENDER

Contexto, facilitação e o improviso no processo de desenvolvimento do jovem

  • Postedby Instituto Singularidades
  • 3 de dezembro de 2019
  • 0
Posted inDestaquesFormação de professores . . .

Licenciatura em Matemática: saiba mais sobre o estágio

  • Postedby Instituto Singularidades
  • 28 de novembro de 2019
  • 0
Posted inDestaquesPARA APRENDER

Música na educação: sim, por que e como?

  • Postedby Instituto Singularidades
  • 26 de novembro de 2019
  • 0

Instagram

  • #LetrasSingularidades
A professora Márcia Pereira realizou um sarau para rever os conteúdos da matéria da aula de "Poesia Brasileira". Veja que legal!
  • #PedagogiaSingularidades
Na disciplina de Libras ministrada pelos professores Tiago e Carla, alunos do curso de Pedagogia elaboram jogos e brincadeiras pensando em alunos surdos nas escolas.
  • #SingularidadesNaBettEducar
Agradecemos a todos que estiveram conosco na @_betteducar 2019. Seja os que visitaram nosso estande, assistiram às palestras dos nossos professores ou que querem, como nós, transformar a educação. Muito obrigado!
#BettEducar
  • #SingularidadesNaBettEducar
Olha só como foi nosso terceiro dia na Bett Educar 2019! Nossas professoras Ana Tatit, Carolina Videira e Letícia Lyle compartilharam seus conhecimentos e habilidades em palestras e workshops. Você pode conferir todos os convidados do nosso estúdio #PodcastsSingularidades no Facebook. Amanhã é o último dia, não perca a oportunidade de conhecer nossos mestres Paulo Freire, Jean Piaget e Maria Montessori!
#BettEducar
  • #SingularidadesNaBettEducar
Nossa professora Ana Tatit, junto com a professora Maristela Loureiro, realizaram o workshop "As linguagens artísticas e lúdicas como potências expressivas no currículo escolar" na Bett Educar 2019. Nossos mestres da educação também deram uma passadinha por lá, confira!
#BettEducar
  • #SingularidadesNaBettEducar
Mais um ano o Singularidades marcou presença na Bett Educar. Veja como foi a nossa experiência! Assista ao vídeo completo no nosso canal do YouTube. 
#BettEducar

Siga o @institutosingularidades

Voltar para o topo