Que palavras vêm à sua mente quando se pensa em “culturas digitais em sala de aula”? Foi com esta provocação e um exercício proposto pela professora Sofia Alencastro, da graduação em Pedagogia do Singularidades, iniciou o webinar “Culturas Digitais e a BNCC”, no dia 26 de outubro. Sofia foi a mediadora da conversa, que contou com a presença dos professores Katia Pereira e Ricardo Lima, do curso on-line BNCC Práticas e Culturas Digitais.
Inovação, conexão, tecnologia e protagonismo do aluno foram algumas das expressões mais citadas pela audiência, que pôde participar da formação de uma nuvem de palavras relacionadas ao tema da conversa, por meio da plataforma Mentimeter. Ao longo do webinar, novas palavras foram surgindo, umas ganharam mais peso, enquanto outras o perderam. Mas “protagonismo do aluno” se manteve forte durante toda a duração do evento.
Katia e Ricardo desenvolveram o curso – uma parceria entre a Digital House e o Instituto Singularidades – pensando nas dores dos professores relativas a este tema, principalmente durante a pandemia, quando o ensino remoto foi a única forma de seguir com a educação de milhares de estudantes. Muitos docentes foram pegos de surpresa, sem qualquer preparo ou conhecimento para transferir suas aulas do ambiente presencial para o digital.
Aproximar a cultura digital do professor é urgente
Katia diz que para muitos professores, a cultura digital é algo distante e tecnologicamente complexo, quando de fato já vivemos em meio a ela. “Quando falamos em cultura digital, estamos pensando num campo vasto de práticas culturais e nas relações entre as pessoas dentro delas. E quando se passa da prática simbólica em que a escola está inserida, quando coloca-se o termo ‘digital’, estamos tratando de práticas que serão mediadas pelas tecnologias digitais”, explica.
A professora cita o exemplo da diferença entre um livro físico e um digital. No primeiro, a leitura tem uma certa linearidade, em que o próprio deslocamento do olhar é linear. Já num texto digital, você pode consultar o dicionário para buscar termos que não conhece bem, pode marcar passagens etc. Isso só é possível dentro das culturas digitais.
Esse tipo de processo, o multiletramento, é o que permite que sejam criadas várias possibilidades de linguagens e, por meio delas, múltiplas possibilidades de olhar para um determinado objeto. Essa multiplicidade está prevista na nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por meio de uma competência relacionada à cultura digital, que desloca o estudante do papel de receptor para o de produtor, pensador, solucionador de problemas e protagonista – a palavra que mais foi citada pelos participantes ao longo do webinar.
O lugar do professor e do estudante
Katia e Ricardo contam que muitos professores não sabem como colocar a cultura digital em seus planejamentos, mas que como qualquer forma de plano de aula, há uma etapa de escolha, uma de criação de objetivos, uma de aplicação desses processos e, por fim, a avaliação da eficácia e revisão desses conteúdos.
Uma vez que esse planejamento é aplicado, é hora de pensar em atividades que estimulem o aluno a criar, seja por meio de solução de problemas, criação de modelos, aplicativos ou o que estiver ao alcance do aluno e estejam de acordo com o conteúdo previsto na base.
Os professores reforçam um ponto importante: quando se fala de tecnologia, há que pensar-se em como democratizá-la, para que seja acessível a todos os alunos. O raciocínio digital não pede equipamentos caros.
Muitas vezes, por meio de uma folha de papel ou outros meios acessíveis o aluno pode exercitar esse raciocínio, e o crescimento do ensino híbrido será um desafio para que os professores criem atividades que aliem recursos tecnológicos com outros analógicos.
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